domingo, 14 de junho de 2009

Nada será eterno neste efémero viver…



A Eternidade um dia desvanece… o tempo que se torna longínquo atenua as lembranças e a alma acalma num adormecer ameno, liberta de tanta inquietude…

Sem escolha, sem hora marcada, um dia o dia chega e o acordar desata a clausura que se queria eterna e o apaziguamento instala-se… o olhar fixa-se no horizonte e perde-se num desejo…o de enlaçar o infinito num só sopro, numa lufada esgotar todo o ar e respirar paz, finalmente tréguas …

Hoje foi “o dia D”…depois de muita insensibilização…num abrir e fechar de olhos a anestesia deixou de fazer efeito… e o olhar fixou-se sem desviar caminho, sem subterfúgios, sem pressas, sem pavores, para encarar as palpitações e a turbulência de um olhar profundo…serena para ouvir uma só voz entre a multidão… para estar em silencio e escutar…

Hoje regressei mais abastada ao meu casulo… é tão simples e tão precioso o olhar que nos renova a alma… como lamento a minha cegueira temporal!

Mrs. Indigitada